quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Tempo diferente



Neste feriado, bem feriado para nós (Heleno de férias e as meninas na semana no saco cheio, ops!!! é escola Waldorf, lá chama semana da primavera). No domingo dia 12 de outubro, uns amigos emprestaram um chalé em Monte Verde, bem perto de Campinas (2 horas), bem econômico (1 pedágio) e fomos nós, o Heleno achou que não caberia tudo no nosso celta, mas ele nunca nos deixou na mão, já fizemos uma viagem de 15 dias nele (Campinas - Rio de Janeiro - São João Nepomuceno - Campinas) levando um berço pra Eloá...e a Eloá também conseguiu ir!! Realmente, um grande carro!!

Lá em Monte Verde tive a sensação do que é viver em um outro ritmo, lojas fecham para almoço, posto de gasolina, eles fecham umas 20h00, a cidade (a parte turística) quase se resume a uma rua, cheia de posadas e restaurantes, mas descobrimos também a cidade das pessoas moram, achamos uma pizzaria bem gostosa (que não tinha os preços salgados na rua principal), farmácia e supermercado, mas tudo num tempo diferente.

Ás vezes fico pensando o que as pessoas fazem numa cidade dessas, tão pequena, que tem seu auge nas férias de inverno e nos finais de semana. Mas paro um pouco e vejo minha vida e talvez não seja tão diferente nas funções diárias - trabalho, casa, cozinhar, filhas - acho que o básico sempre é o básico, não tem um super shopping a 5 minutos de casa, 4 ou 5 padarias para você pensar em qual dos pães você quer comer hoje, e também SINALEIROS (faróis) a Anahi que percebeu e disse que lá não precisava porque o trânsito era bem tranquilo, onibus urbano também não vimos, vimos muitas pessoas andando naqueles morros, e muitas motos que vão de um lado para o outro.

Lá consegui pergar um livro pra ler (coisa que não faço a tempos), dormir a tarde (afinal é férias), as meninas ficaram bem, enquanto dormíamos (Anahi e Alice brincavam de bola, caçavam bichinhos, jogavam "roba monte", quando acordávamos lógico que elas começavam a brigar e se cutucar, mas acho que é assim mesmo...

Acabamos ficando pouco, bicho da cidade quando vai pra um lugar tranquilo estranha, o Heleno deu uma capotada... mas já esta em recuperação, dai eu com as 3 meninas, não ia dar conta de caminhada, arvorismo, passeio de quadriciclo (a Anahi já perguntou se "criança"- ela poderia dirigir), - não!! foi a resposta.

A volta foi tranquila, mas deixou uma vontade de queromais... talvez uma outra vez...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Luzes no Tapetão!!!


Parece bom??? Não sei, tenho boas lembranças desse caminho sem luz, muito boas!!!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Diferenças são presentes...

As vezes temos esses difíceis presentes, as vezes não o tempo todo... como é difícil receber isso como um presente, esta certo que inconscientemente buscamos isso o tempo todo (ou boa parte dele) depois que conseguimos e nos divertimos com as novas diferenças, queremos transforma-las em coisas exatamente iguais a que já temos e conhecemos,conseguimos direitinho...
Depois queremos mais coisas novas, pois aquela ultima novidade já não é tão novidade, nem tão diferente. Bichos estranhos nós somos...
Na semana passada vi um filme muito interessante "Ensaio sobre a Cegueira" de um livro do Saramago, quem me conhece sabe que não sou muito de ler, acho que nunca li muito, depois que tive minhas filhas, parece uma empreitada quase impossível, mas algumas coisas consigo ler, talvez esse livro seja uma dessas coisas. Um retrato do ser humano (bichos estranhos nós somos), de como somos e como vivemos, faz tempo que não gosto tanto de um filme como este, não é um filme alegrinho que saímos feliz da sala de cinema, mas um filme que deixa coisas que continuam na gente por muito tempo, por isso fiquei com vontade de ler o livro, lá deve ter mais coisas...
Como nos comportamos quando ninguém pode nos ver?? O que pensamos, como agimos, são perguntas que muitos não sabem responder, responder realmente, pois só a experiência oportunizaria o verdadeiro conhecimento e as respostas exatas.
Com a clareza de nossas relações reveladas pela luz do dia, podemos ser um pouco mais integros com a gente mesmo (não com o outro), e experimentar nas diferenças os sabores das coisas, sem querem mudá-las, mas a principio sentindo esses gostos e trabalhando na gente o que queremos e precisamos adoçar ou salgar...